Se não é de uma coisa, a malta queixa-se de outra qualquer

Vou queixar-me, atenção.

Desde que a minha filha nasceu, eu e o paizinho dela (a quem ela gentilmente por vezes chamas mesmo paizinho) pensamos bem pensadas todas as escapadinhas. Tão bem pensamos aliás, que a maior parte das vezes não acontecem.

E porquê?
Porque nem sempre dá jeito levar crianças (é frio, chove, são muitas horas, a viagem é longa) e quando não dá, também não nos queremos separar dela. Posto isto, em dois anos de vida, estivemos dois dias em Praga e dois dias no Douro sem a C. e Deus sabe como se bem pensou esse tema.

A verdade é que adoramos viajar mas adoramos estar com a nossa filha e por isso não é assim do pé para a mão que decidimos passar tempo sem ela.

Claro que - iniciando parte da queixa - não decidimos nós mas podem muito bem decidir as nossas empresas. O P. de resto viaja praticamente todas as semanas (mesmo que, aleluia!, geralmente ida e volta no mesmo dia).

Ora, a minha empresa decidiu por bem que eu haveria de estar uma semana (útil) fora. Assim só porque sim. Portanto, eu que penso e repenso antes de viajar de férias com o meu marido um ou dois dias, vejo-me obrigada a ir uma semana para fora em trabalho

Não estou contente - mas isso sou só eu a queixar-me, já sabem - e tenho pensado e repensado, isso sim, em justificações para não ir. Tão chata, tão chata, que o P. já se voluntariou para me partir uma perna (tão querido o meu homem). 

Como está bom de ver, isto podia ser só uma viagem em trabalho mas não é; é um impedimento a espacadinhas do foro pessoal este ano (se calhar fico mesmo sem uma perna..!)


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