Estou apaixonada por esta ideia

Sábado de manhã vamos ver os patos à Gulbenkian.

Experiência Salsa

Sou forreta.
Não, vamos reformular e começar do início.
 
Sou poupada. Muito poupada diria. De tal forma que ponho o Tio Patinhas a um canto em knock out e, tivesse a Disney descoberto a minha pessoa antes, teríamos certamente uma Tia Cisca.
 
Esta faceta dá para ter algumas regras.
Não tenho calças a mais de 25 euros, partes de cima a 15, bolsas eventualmente a 30. Oriento-me melhor a preços baixos e, muito honestamente, não creio que ande assim tão pior que o mundo. A primeira coisa que vejo na roupa é a etiqueta e, em me agradando, vejo melhor a peça. Salvam-se honrosas excepções, claro está.
 
A experiência Salsa foi, neste sentido, excepcional. Não tinha até à data qualquer par de calças da Salsa. Acho mesmo que nem nunca entrei num provador. Mas, por força de um vale que me veio parar às mãos, dei comigo a gastar 40 euros numas calças de 90. Isso, noventa euros. Quase o ordenado mínimo nacional. Que foste tu fazer, Maria Cisca?
 
Em primeiro lugar, foi preciso chegar a esta idade para perder a cabeça.
Depois, foi preciso engravidar.
 
Não, não estamos a falar de um singelo par de calças, mas de uma espécie que serve a pré-mamã e a pós-mamã e que ainda por cima tem nome de esperança.
 
 

 
Hope by Salsa
 
 
Espera-se voltar à forma.
Espera-se caber num modelito pequeno, sem malhas de suporte.
Espera-se sobretudo -ou serei só eu? - encarnar num corpaço destes, ainda com um bebé deste tamanho.
 
Yeah, you hope.. keep hoping!

13 dias

Ok, aceito que quem me ouça falar me possa considerar uma super preguiçosa, coisa feia de se ver. Mas não. Até diria mais, gosto de trabalhar (não goste embora por aí além do trabalho que tenho neste momento) e nem imagino as coisas de outra maneira. Ainda assim, caramba, gosto bem mais de férias!
E por isso que me julguem à vontade os que acham que contar os dias até lá faz de mim um ser menor. Faltam 13 dias, se querem saber. A mim, dá-me força adicional, especialmente quando há dois anos que não tenho mais do que uma semana seguida. Por isso contarei os dias sim senhora. Vou contar os dias para ter duas semanas inteirinhas de dolce fare niente. E amanhã, só faltam 12.

Podia ser uma dessas pessoas a quem pagam para falar de produtos mas não sou

Ainda assim, só porque tenho o coração grande, é muito bom!


Posto isto, bom dia.

Havia no nosso tempo em Coimbra (certamente que ainda há) um café sem televisão. Um café essencialmente frequentado por uma geração sem tablets e smartphones, de gente com tempo para parar, em especial de gente com tempo para conversar. O dono dizia que com televisões ligadas as pessoas não conversam e no fundo acho que ele tem razão. Deve ser essencialmente a mesma coisa que se vai vendo em alguns sítios com letras bem grandes "não, não temos wi-fi. Conversem."

Na nossa casa acontece o mesmo.
Há uma regra de tempos imemoriais que diz que às refeições a televisão está desligada. É assim desde sempre, desde que me lembro, dos tempos da escola primária, do ciclo, da secundária, continuou a ser assim aos fins-de-semana em casa vindos da faculdade e hoje tudo se mantém, estejam dois ou vinte à mesa.

Trouxemos esta regra connosco quando casamos.
Trouxemos também a de não ter televisão no quarto.
E talvez possa ser por isso que hoje em dia continua a ser tão bom o som do jazz ao fundo e um bom livro ao fim da tarde.

Foi-se oficialmente o reinado

Devia ter desconfiado quando há uns meses a minha mãe me dizia que tinha comprado um pijama, eu perguntava se para mim e a resposta era um "achas?!", como quem, "não tens noção, claro que é para a bébe, qual para ti!."
 
Não desconfiei ou a mensagem não passou com suficiente clareza.
 
Estas semanas o P. está nos Estados Unidos e ontem dizia-me que quando chegasse, primeiro dava um beijinho à barriga e só depois a mim.
 
Não sei se o encha de mimos, se entregue de vez a coroa mas parece-me que sempre perdi oficialmente o reinado e não há volta a dar-lhe.
 
Piolha a derreter o coração do pai e da avó desde 2014.

 

A nossa vida ficou mais pobre, mais vazia, com um buraco que nenhum remendo resolve. Ainda nos estamos a habituar à ideia, embora na verdade, talvez não haja hábito possível na perda.

Para além da vida riquíssima, do exemplo, da marca, do lugar incontestável que ocupa, recordo aquelas palavras e sei,

O nosso avô é uma estrela que está no céu a tomar conta de nós.


Ignorando o bonita, um micro conto que podia ser nosso

Era uma vez eu que estava a subir nas escadas rolantes e vinha um tipo a descer com uma mulher muito bonita e muito grávida atrás e o tipo virou-se para trás e beijou a barriga da mulher grávida e ela sorriu e fez-lhe uma festa na cabeça.

(E isto aconteceu mesmo tal como eu estou aqui a contar)



26 semanas


Esfoliante caseiro

No dia em que fomos de férias, em plena Vasco da Gama, no programa de rádio que ouvíamos, uma sooner blogger to be falava de um novo projecto, Oficina Poeiras. Uma ideia que me pareceu gira, com dicas de do it yourself a vários níveis.

Os anfitriões do programa pediram exemplos do que se podia esperar dessa Oficina e em dois minutos foi apresentada uma receita de esfoliante caseiro.


Louca dos esfoliantes, levantei logo as antenas para não perder pitada. E surpreendida fiquei ao perceber que basta juntar açúcar e óleo de amendôas doces, com um aroma à escolha (a sugestão era pétalas de rosa).

Foi só hoje que consegui pôr mãos à obra e juntar os dois ingredientes mágicos a casca de laranja. Há agora um frasquinho fofinho que cheira maravilhosamente, à espera do próximo banho.

Amanhã falamos.

E um segredo muito melhor!

Depois disto, um segredo bem melhor!