Quando eu fizer uma cidade

A propósito das férias fui reunindo um conjunto de ideias que implementarei na cidade que um dia vou ter. Assim, quando este plano se concretizar, prometo:

- Escadas rolantes por todo o lado;
- Wi-fi generalizado e gratuito por toda a parte,
- Pessoas simpatiquíssimas até mais não;
- Saldos constantes.

Ficam as primeiras promessas eleitorais.
Cisca a dona de uma cidade!

Máscara precisa-se!

Uma pessoa detesta ir ao cabeleireiro, cortar o cabelo e tudo o que implique sentar naquelas cadeiras desconfortáveis com um desconhecido a causar-nos dores de forma injustificada. Mas, ainda assim, uma pessoa reconhece que alturas há em que necessário é dar o cabelo ao manifesto.
Investida de boa vontade, sábado de manhã lá fui eu à tesoura e para além dos problemas atrás enunciados, maltrataram o meu rico cabelinho, com críticas duras e injustas! 
- Que cabelo mal tratado!
- Ter cabelo comprido para andar com ele assim mais valia não ter!
- E porque não corta o cabelo?
- E que coisa feia, desidratada e péssima!
Eu mereço?

Enfim, diz a iluminada da mulher que o meu mal é falta de máscara. Já o mal dela, adiante-se, é ter perdido uma cliente! O bem do comércio em geral é que talvez não me faça mal investir num produtinho qualquer. Alguma sugestão?

Faltam dois meses para o Natal!!


Pronto, era só isto!

No princípio..

Comecei por aprender uma coisita ou outra sobre bases. Lembro-me como se fosse hoje do dia em que comprei a minha primeira base, um frasco de vidro da Vichy, na farmácia lá da rua. Quando usei achei que a pele tinha virado seda, era fantástico, um verdadeiro acontecimento. Era miúda e foi a minha mãe que me levou. Do alto dos meus catorze, quinze ou dezasseis anos a minha primeira base oferecida pela minha mãe era coisa para me fazer parecer crescida e adorei ali pela primeira vez esta pequena maravilha. Voltei a usar uma outra da Vichy exactamente igual e depois disso tenho experimentado várias marcas, diferentes tons e até texturas mais líquidas, mais cremosas ou quase mousse. A do momento é a Fit me.
Assim, mas com menos desperdício.


Pelo caminho até aqui fui tendo uma ideia sobre o mundo dos pós, bronzeadores, iluminadores, blushes, corretores e demais amigos companheiros de base. Tudo isto veio bastante mais tarde e aos poucos. O blush pareceu-me essencial praticamente desde o início mas foi só recentemente que descobri os encantos do bronzer (já agora, como é que andava a dormir sobre isto?) ou mesmo do iluminador. Foram duas novidades somadas à minha lista como nova foi também a descoberta do BB cream.


Comprei-o talvez há um ano e vivemos uns primeiros meses de amor-ódio. Embora me agradasse a ideia de fundo, achava o resultado oleoso e havia qualquer coisa que não fazia sentido neste produto tudo-em-um-que-afinal-precisa-de-pós-e-coisas-para-não-ser-um-terror. Levou tempo a perceber esta dinâmica da complementaridade na maquilhagem. Depois disso é um produto com potencial que tem a grande vantagem de ser de facto mais leve e de ir dando um arzinho de saúde. 

A novidade mais quente e boa da season foi no entanto essa invenção de seu nome CC cream. Eis pois que me surge, Nude


O primeiro contacto é algo duvidoso pois a criança apresenta-se de cor verde. Nunca tal visto. Depois lá ocorre o processo correcto e assume a cor devida. Está algures entre a base e o BB cream mas a versão é francamente melhorada. A textura é leve e o efeito homogéneo. A cobertura, já se sabe, nunca é lá essas coisas mas quanto a mim tem sido uma companhia diária, em substituição da base e não deixa a desejar. É prático, fresco e fofo. O que para uma maquilhagem, já não é nada pouco. Aos poucos também, toda uma rotina de vícios se vai instalando à volta do mundo encantado da make up e isto, considerando uma conversa que tivemos há tempos, são boas notícias.

And speaking of London

Um beijinho e um obrigada à nossa beauty preferida por este mimo!

Countdown parte II

A boa notícia da semana que passou é que voltamos a estar a cinco dias das férias, depois de termos sido obrigados a cancelar Setembro. Cinco dias que passarão num instante mas que sob uma perspectiva que cá sei, podiam até ir demorando. Dá-se o caso de a cinco dias dias das férias, não termos ainda destino.

Como já tenho dito vezes sem conta, trabalho para viajar. É um gosto da vida este de usar bolsa à tiracolo com mapa, caderno de apontamentos e sapatilhas ou de levar apenas biquini e protector solar e ficar em dolce fare niente.

Como há decisões a serem feitas, temos mais ou menos alinhavado por ano uma viagem maior e depois, em dando, uma ou duas de menor dimensão. A este propósito, um grande bem haja às companhias aéreas low cost (Ryanair eu amo você!). No último ano tivemos a sorte de uns dias na Dinamarca, na   Madeira e uma semana no México. Para o próximo ano, o Martins (guardião das viagens grandes) já tem destino e começamos entretanto a planear as escapadelas mais curtas.

Para esta próxima, indecisões, indecisões, indecisões. Em cima da mesa estão clássicos como Milão, Londres ou Barcelona mas a verdade é que qualquer opção é viável. Ora, começando a ser tempo, aqui fica a promessa que até hoje ao final do dia, qualquer fumo branco será emitido. Afinal é quase tempo de fazer as malas!

"E o armário também podia ser mágico. Aparecia a roupa ideal para aquele dia."

A Constança do Ikea é oficialmente a minha maior admiração. Ideia de génio o que esta criança teve. Portanto, a partir de hoje, não contente com o teletransporte, desejo que se invente um armário mágico que escolha a roupa ideal para o dia. Não mais noites sentada na beira da cama especada no armário a dar voltas às ideias. É só abrir a porta e a magia acontece.
Obrigada Constança!


A brincar, a brincar

Voltamos a Sintra no fim-de-semana passado, com ideais de turismo. Solinho bom, dia todo pela frente e a coisa começa com café e travesseiro e começa lindamente. Palácio da Pena lá longe, Regaleira também e vai daí siga para o museu do brinquedo. A exposição do terceiro piso é o mundo encantada das bonecas, com dezenas de exemplares e réplicas da vida familiar. Todo o piso é cozinhas, bebés, maridos e dá a ideia de um imaginário vestido de realidade. Coisa reforçada pelo descer ao segundo piso e ver todo um cenários de aviões, foguetes, super heróis, idas à luz, passos gigantes para o humanidade. Pergunta o homem: porque é que as miúdas brincam com aquilo que vão ser quando crescerem e os rapazes sonham tão alto? Oh pensamento pequeno o nosso. Mas de facto, não lembro de brincar aos astronautas. Já de casinhas e bebés, era o dia-a-dia. Porque queremos tanto antecipar na infância aquilo que podemos muito bem ser quando formos grande? Assim de repente só vejo um grande elogio à mãe do estilo "quero ser como tu". Mas se calhar nem seria assim tão mau brincar de coisa inalcançável e impossível. É que para ser crescido temos a vida toda.

A caminho de..

 
 
 


 
Na semana passada fizemos a roda da bicicleta da vida, com direito a eixos e cabeça a pensar profundamente. Aponto o eixo que mais longe está da máxima satisfação e com isto em vista pensamos em avançar individualmente. Foi uma conversa altamente positiva, em modo preventivo segundo quem falou, mas que deu para alinhar ideias. Nada que não soubesse, na verdade, mas organização nunca fez mal a ninguém.
 
A par dos eixos foi-me apresentada uma ideia que adorei e colocarei em vigor a breve trecho: o caderno dos prazeres, local onde escrevemos coisas boas com que sonhamos e que queremos concretizar. Ver aquela exposição ou nadar nua no Douro. Vale tudo sem barreiras, tudo o que quisermos realizar.
 
Lembrei-me de duas ou três coisas mais evidentes. Aquela ideia de negócio, aquele sonho antigo feito de papel e mais um ou outro devaneio de fim de fila. Vão directos para o caderno. Lembrei-me também quase sem querer, como que pensamentos tomados de assalto, da ideia do batom vermelho, coisa mais parva mas que se vai fazer. Sou menina de rosas e nudes. Batom vermelho jamais. Mas quando falamos no caderno going bananas, houve um pop up cerebral. De maneira que está decidido. Até 31 de Dezembro terei um dia de desculpa para usar um vermelhão, nem que venha a ser na própria da passagem de ano. Maridão que não nos ouça.

Até lá, estará de volta o meu código de processo pessoal, com um desejo por dia que nem sabe o bem que lhe fazia. Ou então um de vez em quando.

Agora é que é!

Apostei no euro milhões para terça-feira e tenho para mim que é desta que se inventa o teletransporte!

I am a neurosurgeon selling band aids

Para começar, disseram sem me conhecer que estou a regredir. A princípio nem percebo o que querem dizer mas reafirmam. Com este percurso, esta força, esta motivação.. não lhe parece que está a andar para trás? O que foi que lhe aconteceu?
Mais tarde uma colega chama-me senhora e não foi esta a deontologia profissional que aprendi.
Ao terceiro dia alguém me diz que lamenta que já não o possa fazer e que já não seja, quando ainda sou.
Foi um trio explosivo. Ainda quero mudar de vida mas a vida mete-se no caminho e depois acomodamo-nos.

Que alguém ou eu me lembre às vezes que sou um neurocirurgião.

Setembros

Organizei uma festa surpresa e contei verdadeiramente com os amigos para isso. Mudei de nome. Fiz alguém um bocadinho feliz. As dez temporadas de Friends vivem finalmente connosco. Voltei ao Lux. Fui à rua cor-de-rosa. Tive um voto de confiança e um reconhecimento e uma amiga que ficou magoada. Temi perder a M. para outro sítio qualquer. A MJ. veio viver para Lisboa. A nossa casa está mais casa. Fui buscar as botas à garagem e o guarda-chuva amarelo ao armário. Ainda não guardei os óculos de sol. Fiz um bolo de iogurte e aprendi a receita de pizza. Fomos a um restaurante novo que foi um tiro ao lado. Adiei sine dia a minha semana de férias. O P. voltou a S. Francisco e a Chicago e eu desejei um gato. A Alzira tem crescido. A orquídea não. Escrevi um artigo sobre democracia. Falhei a um amigo. Tive um dia mau. Um amigo teve um mês péssimo e quis voltar ao Tribunal de trabalho por isso. Fui ao DIAP.  E à padaria portuguesa. Fizemos uma pijama party. Dei um presente com gosto. Não fui ao ginásio. Preciso urgentemente de voltar ao ginásio. Continuo a trabalhar das oito às sete, sem pausas. Ainda sei o código do trabalho de cor. Fiz uma das melhores formações de sempre. O Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais normas que davam jeito. A J. começou a dar aulas e eu tenho um orgulho imenso dela. Não comemos sushi há mais de um mês. Verifiquei que no ano de 2012 tenho o dobro dos posts de 2013 o que não abona em nada a meu favor. Li dois livros. O Verão faz-me falta. Não gosto do Inverno mas na verdade há uns dias atrás, faltavam apenas exactamente três meses para o Natal.